(1294.1) 118:0.1 A RESPEITO das várias naturezas da Deidade, pode ser dito que:
(1294.2) 118:0.2 1. O Pai é o eu auto-existente em si.
(1294.3) 118:0.3 2. O Filho é o eu coexistente.
(1294.4) 118:0.4 3. O Espírito é o eu existente-conjuntamente.
(1294.5) 118:0.5 4. O Supremo é o eu evolucionário-experiencial.
(1294.6) 118:0.6 5. O Sétuplo é a divindade autodistributiva.
(1294.7) 118:0.7 6. O Último é o eu transcendental-experiencial.
(1294.8) 118:0.8 7. O Absoluto é o eu existencial-experiencial.
(1294.9) 118:0.9 Do mesmo modo que Deus, o Sétuplo, é indispensável à realização evolucionária do Supremo, o Supremo também é indispensável à emergência final do Último. E a presença dual do Supremo e do Último constitui a associação básica da Deidade subabsoluta e derivada, pois eles são interdependentemente complementares na realização do destino. Juntos, eles constituem a ponte experiencial que liga os começos e as realizações completas de todo o crescimento criativo no universo-mestre.
(1294.10) 118:0.10 O crescimento criativo é interminável e, sendo sempre satisfatório, sem fim em extensão, é sempre pontuado pelos momentos de satisfação da personalidade, é o alcançar das metas transitórias, que tão efetivamente serve de prelúdio, na mobilização para as novas aventuras de crescimento cósmico: a exploração do universo e a realização do alcançar da Deidade.
(1294.11) 118:0.11 Ainda que o domínio da matemática esteja tolhido por limitações qualitativas, ele proporciona à mente finita uma base conceitual para a contemplação da infinitude. Não há limitação quantitativa para os números, mesmo na compreensão da mente finita. Não importa quão grande seja o número concebido, podeis visualizar sempre uma unidade a mais sendo adicionada a ele. E também, podeis compreender que ele está aquém da infinitude, pois, não importando quantas vezes repetis esta adição ao número, ainda lhe poderá sempre ser adicionada mais uma unidade.
(1294.12) 118:0.12 Ao mesmo tempo, a série infinita pode ser totalizada a qualquer dado ponto, e esse total (um subtotal, mais propriamente) proporciona a plenitude da doçura do alcançar da meta a uma certa pessoa, em um determinado tempo e status. Contudo, mais cedo ou mais tarde, essa mesma pessoa começa a ter fome e a ansiar por novas e maiores metas, e tais aventuras de crescimento estarão renovando- se, para sempre, na plenitude do tempo e nos ciclos da eternidade.
(1294.13) 118:0.13 Cada idade sucessiva do universo é a antecâmara da próxima era de crescimento cósmico, e cada época do universo proporciona um destino imediato para todos os estágios precedentes. Havona, em si e por si própria, é uma criação perfeita, mas de perfeição limitada; a perfeição de Havona, expandindo-se até os superuniversos evolucionários, encontra, não apenas um destino cósmico, mas também a liberação das limitações da existência pré-evolucionária.
1. Tempo e Eternidade
(1295.1) 118:1.1 É útil para a orientação cósmica do homem alcançar toda a compreensão possível da relação da Deidade com o cosmos. Embora a Deidade absoluta seja eterna por natureza, os Deuses estão relacionados ao tempo como uma experiência na eternidade. Nos universos evolucionários, a eternidade é a perpetuidade temporal — o agora perdurando para sempre.
(1295.2) 118:1.2 A personalidade da criatura mortal pode-se eternizar por auto-identificação com o espírito residente, por intermédio da técnica de escolher cumprir o desejo do Pai. Tal consagração da vontade equivale à compreensão da realidade- eternidade de propósito. Isso quer dizer que o propósito da criatura tornou-se fixo em relação à sucessão de momentos; ou, colocado de outro modo, que a sucessão dos momentos não testemunhará nenhuma alteração no propósito da criatura. Um milhão ou um bilhão de momentos não farão diferença. Os números cessaram de ter um significado relacionado ao propósito da criatura. Assim, a escolha da criatura, somada à escolha de Deus, torna-se um fato nas realidades eternas da união perpétua do espírito de Deus e da natureza do homem, no serviço perene dos filhos de Deus e do seu Pai do Paraíso.
(1295.3) 118:1.3 Há uma relação direta entre a maturidade e a consciência da unidade de tempo, para qualquer intelecto. A unidade de tempo pode ser um dia, um ano, ou um período mais longo; contudo, inevitavelmente, é o critério pelo qual o eu consciente avalia as circunstâncias da vida, e pelo qual o intelecto, que está concebendo, mede e avalia os fatos da existência temporal.
(1295.4) 118:1.4 A experiência, a sabedoria e o julgamento são concomitantes, na duração da unidade de tempo na experiência mortal. Quando a mente humana reconhece o passado e a ele remonta, está avaliando a experiência passada, com o propósito de fazer com que ela se ligue a uma situação presente. Na medida em que a mente tenta alcançar o futuro, ela está tentando avaliar a significação futura da ação possível. E reconhecendo, assim, tanto a experiência quanto a sabedoria, a vontade humana exercita a decisão-julgamento no presente, e o plano de ação, que desse modo nasce do passado e do futuro, passa a ser existente.
(1295.5) 118:1.5 Com a maturidade do eu em desenvolvimento, o passado e o futuro são trazidos ao mesmo tempo para iluminar o significado verdadeiro do presente. Quando amadurece, o eu busca e alcança a experiência mais e mais a fundo no passado, enquanto a previsão da sua sabedoria busca penetrar sempre mais profundamente o futuro desconhecido. E, na medida que o eu, que está concebendo, estende esse alcance mais a fundo, tanto ao passado quando ao futuro, assim também o julgamento torna-se menos dependente do presente momentâneo. Desse modo, a ação-decisão começa a escapar dos liames do presente que se move, enquanto começa a tomar os aspectos da significação passado-futura.
(1295.6) 118:1.6 A paciência é exercida pelos mortais cujas unidades de tempo são curtas; a maturidade verdadeira transcende a paciência, com uma tolerância nascida da compreensão real.
(1295.7) 118:1.7 Tornar-se maduro é viver mais intensamente no presente, escapando, ao mesmo tempo, das limitações do presente. Os planos da maturidade, fundados na experiência passada, estão vindo a ser no presente, de um modo tal que engrandece os valores do futuro.
(1295.8) 118:1.8 A unidade de tempo da imaturidade concentra o valor-significado no momento presente, de um modo tal que separa o presente da sua verdadeira relação com o não-presente — o passado-futuro. A unidade de tempo da maturidade é proporcionada de modo a revelar a relação coordenada entre passado, presente e futuro, que o eu começa a discernir, no todo dos acontecimentos, pois começa a ver a paisagem do tempo da perspectiva panorâmica de horizontes amplificados, começando, talvez, a suspeitar de um não-começo, de um contínuo eterno sem fim, cujos fragmentos são chamados de tempo.
(1296.1) 118:1.9 Nos níveis do infinito e do absoluto, o momento presente contém tudo do passado, bem como do futuro. EU SOU significa também EU FUI e EU SEREI. E isso representa o nosso melhor conceito de eternidade e do eterno.
(1296.2) 118:1.10 No nível absoluto e eterno, a realidade potencial é tão significativa quanto a realidade factual. Apenas no nível finito, e para as criaturas presas ao tempo, parece haver uma diferença tão grande. Para Deus, como absoluto, um mortal ascendente que tomou a decisão eterna é já um finalitor do Paraíso. Todavia, o Pai Universal, por intermédio do Ajustador do Pensamento residente, não é limitado assim em consciência, podendo também conhecer e participar de toda luta temporal com os problemas da ascensão da criatura, desde os níveis animais de existência aos níveis de semelhança com Deus.
2. Onipresença e Ubiqüidade
(1296.3) 118:2.1 É preciso não confundir a ubiqüidade da Deidade com a ultimidade da onipresença divina. É um ato volitivo do Pai Universal que o Supremo, o Último e o Absoluto devam compensar, coordenar e unificar a ubiqüidade Dele no espaço- tempo e a Sua onipresença transcendida tempo-espacialmente com a Sua presença absoluta e universal fora do tempo e do espaço. E deveríeis lembrar- vos de que, se bem que a ubiqüidade da Deidade possa tão freqüentemente ser associada ao espaço, ela não é necessariamente condicionada pelo tempo.
(1296.4) 118:2.2 Como ascendentes mortais e moronciais, vós discernis a Deus, progressivamente, por intermédio da ministração de Deus, o Sétuplo. Por intermédio de Havona, descobris Deus, o Supremo. No Paraíso, vós O encontrais como uma pessoa e, então, como finalitores, ireis em breve intentar conhecê-Lo como o Último. Enquanto finalitores, poderia parecer não existir senão um curso a ser seguido, após haverdes alcançado o Último, e esse seria começar a busca do Absoluto. Nenhum finalitor será perturbado por incertezas quanto a alcançar a Deidade Absoluta, pois, ao fim das ascensões suprema e última, ele já terá encontrado Deus, o Pai. Os finalitores, sem dúvida, irão acreditar que, ainda que tenham êxito em encontrar Deus, o Absoluto, eles estariam apenas descobrindo o mesmo Deus, o Pai do Paraíso, manifestando a Si próprio em níveis mais próximos do infinito e do universal. Sem dúvida que o alcançar a Deus, no absoluto, seria revelar o Ancestral Primordial dos universos, bem como o Pai Final das personalidades.
(1296.5) 118:2.3 Deus, o Supremo, pode não ser uma demonstração da onipresença tempo-espacial da Deidade, mas é literalmente uma manifestação da ubiqüidade divina. Entre a presença espiritual do Criador e as manifestações materiais da criação, existe um vasto domínio do estar-sendo ubíquo — o surgimento da Deidade evolucionária no universo.
(1296.6) 118:2.4 Se, em algum tempo, Deus, o Supremo assumir o controle direto dos universos do tempo e do espaço, estamos confiantes de que a administração dessa Deidade funcionará sob o supercontrole do Último. Nesse caso, Deus, o Último, começaria a se tornar manifesto para os universos do tempo, e como o Todo-Poderoso transcendental (o Onipotente), exercendo o supercontrole do supratempo e do espaço transcendido, no que concerne às funções administrativas do Supremo Todo-Poderoso.
(1297.1) 118:2.5 A mente mortal pode perguntar, como nós próprios o fazemos: se a evolução de Deus, o Supremo, até a autoridade administrativa no grande universo é acompanhada de manifestações ampliadas de Deus, o Último, então, uma emergência correspondente de Deus, o Último, nos universos postulados do espaço exterior, será acompanhada de revelações, similares e realçadas, de Deus, o Absoluto? No entanto, não o sabemos realmente.
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