O Dyatlov Pass foi um incidente ocorrido na montanha dos Urais, na noite de 02 de fevereiro de 1959, onde nove viajantes morreram, ainda de forma inexplicável.
Reconstrução
O grupo era composto inicialmente de 10 pessoas: Igor Dyatlov, o líder do grupo, Zinaida Kolmogorova, Lyudmila Bexter, Alexander Kolevatov, Rustem Slobodin, Yuri Krivonischenko, Yuri Doroshenko, Nicolai Thibeaux-Brignolle, Alexander Zolotarev e Yuri Yudin, porém este último teria desistido e retornado por motivos de saúde.
O objetivo era chegar ao monte Oterten à 10 km do local do incidente, mas por conta de uma tempestade de neve o grupo teve de acampar.
Em 31 de janeiro, o grupo chegou à beira de uma área de montanha e começou a se preparar para a escalada, em um vale arborizado onde construíram um armazenamento de alimentos e equipamentos que seriam utilizados para a viagem de volta. No dia seguinte (1 de fevereiro), os caminhantes começaram a mover-se através da passagem. Parece que eles planejaram acabar com o passeio e fazer acampamento para a noite seguinte, mas por causa da piora das condições meteorológicas, tempestade de neve e a baixa visibilidade, eles perderam a direção e acabaram desviando a oeste, em direção ao topo da montanha Kholat Syakhl. Quando eles perceberam o erro, o grupo decidiu parar e montar acampamento lá na encosta da montanha.
A Busca
O lider do grupo Dyatlov havia combinado com seu clube que o grupo retornaria a Vizhai no mais tardar no dia 12 de fevereiro, mas quando esta data passou e nem uma mensagem foi emitida os familiares do grupo exigiram uma operação de resgate.
O primeiro grupo de resgate foi enviado no dia 20 de fevereiro e era composto por professores e estudantes. No dia 26 de fevereiro, os pesquisadores encontraram o acampamento abandonado na montanha Kholat Syakhl. A tenda foi seriamente danificada. Uma cadeia de pegadas podiam ser seguidas, levando para baixo para a borda da floresta, mas depois de 500 metros as pegadas ficaram cobertas pela neve. Na borda da floresta, sob um grande e velho pinheiro, os pesquisadores encontraram os restos de um incêndio, junto com os dois primeiros corpos, os de Krivonischenko e Doroshenko, descalço e vestido apenas com suas roupas íntimas. Entre os pinheiros e no campo os pesquisadores encontraram mais três cadáveres: Dyatlov, Kolmogorova e Slobodin, que morreram em poses sugerindo que eles estavam tentando voltar para o acampamento. Estes três foram encontrados separadamente nas distâncias de 300, 480 e 630 metros do pinheiro.
Os quatro últimos corpos só foram encontrados em 4 de maio, cobertos com quase quatro metros de neve.
A investigação
Um inquérito judicial foi aberto e a partir dos cinco primeiros corpos a polícia apontava como causa da morte a hipotermia (apesar de um dos corpos apresentar um ferimento no crânio isso não determinou a causa da morte), tese esta que caiu por terra em maio quando os últimos quatro corpos foram encontrados, estes exibiam sinais claros de algum tipo de violência.
Não estamos falando de facadas ou pauladas; um especialista envolvido na investigação comparou os ferimentos (crânios estraçalhados e tórax esmagado) com o que se vê resultante de um acidente automobilístico. Os corpos não apresentavam NENHUM sinal visível de violência humana, todo o dano era interno, como se tivesse sido causado um alto nível de pressão. Não havia cortes nem arranhões na pele de nenhuma das vítimas. Como se o negócio já não fosse bizarro o bastante, descobriu-se que a língua de uma das mulheres havia sido arrancada.
Nenhum dos corpos se encontrava suficientemente agasalhado. A maioria estava descalça, usando apenas cuecas, ou usando o que pareciam ser tiras de roupas removidas dos que haviam morrido primeiro. A primeira especulação seria de que os povos indígenas Mansi poderiam ter atacado e assassinado o grupo para usurpar suas terras, mas a investigação indica que a natureza de suas mortes não suportam esta tese, visto que só eram visíveis pegadas dos caminhantes, e eles não mostraram qualquer alteração.
Há evidências de que o time foi forçado a deixar o campo durante a noite, enquanto dormiam. A temperatura era muito baixa (em torno de -25 ° a -30 ° C) com uma tempestade de sopro, no entanto os mortos estavam vestidos apenas parcialmente. Alguns deles tinham apenas um sapato, enquanto outros não tinham sapatos ou usavam apenas meias. Alguns foram encontrados embrulhados em recortes de roupas rasgadas, que pareciam ser cortados daqueles que já estavam mortos.
Conclusão do relatório
Seis dos membros do grupo morreram de hipotermia e três de lesões fatais. Não houve indicações de outras pessoas nas proximidades, nem ninguém nas imediações. A barraca tinha sido rasgada de dentro. As vítimas morreram de 6 a 8 horas após a sua última refeição. Traços do acampamento mostraram que todos os membros do grupo (incluindo aqueles que foram encontrados feridos) deixaram o campo por sua própria iniciativa, a pé. Para dissipar a teoria de um ataque dos povos indígenas Mansi, um médico indicou que os ferimentos mortais dos três corpos não poderiam ter sido causados por outro ser humano, porque a força dos golpes foi demasiada forte e não havia tecido sido danificado. Testes de radiação Forense mostraram altas doses de contaminação radioativa na roupa de algumas vítimas.
O veredito final foi que os membros do grupo morreram por causa de uma "força desconhecida convincente". O inquérito foi fechado oficialmente em maio de 1959, devido à "ausência de um culpado". Os arquivos foram enviados para um arquivo secreto, e as fotocópias do processo tornaram-se disponíveis apenas na década de 1990, com algumas peças faltando.
Na visão dos céticos
De acordo com os céticos várias teorias podem ser abordadas, dentre elas: teses militares, que o grupo teria sido atacado por UFOs (extraterrestres) e principalmente teorias que abordam a radioatividade, como os mantos utilizados no camping pois as lanternas contem tório, que emite radiação de partículas alfa, a tal ponto que havia um alerta de radiação na embalagem. Estes mantos, são pequenos sacos de tecido que servem como o pavio de uma lanterna de chamas. Mas nenhuma teoria explica totalmente o ocorrido.
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