sexta-feira, 19 de outubro de 2012

Manuscrito Voynich – Um mistério a ser revelado

Postado por: Marcio Droma  
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13:35



Um livro contendo segredos da alquimia? Um livro que pode revelar todos os mistérios do universo? Código secreto militar?
 Um exemplo do texto do manuscrito Voynich
                       O Manuscrito Voynich é um misterioso livro com aproximadamente 600 anos com um conteúdo incompreensível. Muitos tentarm decodificar sua liguagem secreta, mas até hoje ninguém conseguiu. É conhecido como “o livro que ninguém consegue ler”.
Ele se encontra na Biblioteca Beinecke reservada para os livros mais raros de Yale, trata-se de um livro com aproximadamente nove polegadas de comprimento e 235 páginas (embora algumas páginas tenham se perdido). A escrita usada no documento é única e suas páginas são ilustradas com uma infinidade de gravuras e diagramas: plantas, mulheres nuas em banhos públicos, mapas astronômicos, fórmulas químicas e outros temas curiosos.
O Manuscrito Voynich tornou-se o foco de intensa discussão acadêmica desde sua descoberta. A verdade é que até hoje ninguém sabe precisar quem teria escrito o Manscrito, qual o idioma usado e quais os segredos que ele guarda.
O manuscrito Voynich é um livro mágico que fornece informações sobre as plantas e como você pode usar para fins médicos e curar doenças, é uma combinação de alquimia e ciência é uma mistura de espírito e matéria.
Ao longo desses anos o manuscrito Voynich tem sido objeto de intenso estudo por parte de muitos criptógrafos amadores e profissionais. Sendo que todos falharam em decifrar nem que seja uma única palavra. Esta sucessão de falhas transformou o manuscrito Voynich num tema famoso da história da criptografia, mas também contribuiu para lhe atribuir a teoria de ser simplesmente uma sequência arbitrária desimbolos.
 O Manuscrito nos Tempos Medievais
 
A primeira menção conhecida ao Manuscrito Voynich surgiu na Corte de Imperador Rudolph II do Sacro Império Romano Germânico. Rudolph (1552-1612) era um governante fraco que manteve o poder apenas até os arquiduques Hapsburgos retirarem seu apoio e o substituir pelo seu irmão Mathias. Para Rudolph assuntos de Estado eram muito menos importantes que ciência e alquimia. Sua corte em Praga se tornou a capital para homens letrados, estudiosos – incluíndo o astrônomo Johannes Kepler – e charlatães de toda a Europa. Todos buscavam o favor do Imperador que cobria seus cientistas favoritos com riqueza.
Foi nessa época que Rudolph II adquiriu o Mauscrito Voynich, comprado de um vendedor desconhecido pelo montante de 600 ducados – uma quantia inacreditável para um livro que ninguém era capaz de ler. Fontes afirmam que o Imperador acreditava que o livro fora escrito por Roger Bacon (c. 1220-1292), um famoso monge inglês.
             Roger Bacon era um grande pensador e passou a maior parte de sua vida estudando a filosofia, ciência e alquimia. Ele fez relativamente poucas descobertas científicas (embora ele tenha investigado a natureza da luz e proposto o uso de pólvora para a guerra), mas é melhor conhecido por suas idéias inovadoras na criação de um procedimento de experimento como forma de descoberta.
             Alguns historiadores afirmam que Bacon além de ser um alquimista era também um mago, envolvido com magia e evocação de anjos. Seus pontos de vista incomuns e rivalidade com seus colegas acadêmicos lhe renderam muitos inimigos e no final da vida ele foi preso por razões desconhecidas.
Entre seus trabalhos mais importantes despontam Opus Major, Opus Minus e Opus Tertius que são consideradas obras essenciais na história das ciências. Muitos estudiosos afirmam entretanto que o Manuscrito Voynich não foi escrito por Bacon.
Não há menção nenhuma a esse livro em sua biografia e uma obra desse tamanho sem dúvida chamaria a atenção. Bacon tinha conhecimento de criptografia – aliás como boa parte dos estudiosos da época – mas se o documento foi escrito com um alfabeto codificado, trata-se de algo muito mais complexo do que qualquer código secreto empregado no Século XIII.
Alguns apontam para uma inscrição no livro que identificaria Bacon como o verdadeiro autor, mas tudo indica que esse trecho tenha sido o trabalho inteligente de um falsário. Um livro creditado a Bacon, afinal de contas, teria grande valor. Outras evidências contidas nas págians do manuscrito, tais como diagramas do que parecem ser plantas do Novo Mundo, sugerem que o Manuscrito Voynich não pertence a época de Roger Bacon.
Se o Mauscrito não é um trabalho de Roger Bacon, então quem é o responsável por ele? É possível que o responsável seja outro indivíduo extremamente enigmático, o médico e mago da Rainha Elizabeth I, John Dee (1527-1608).
            Entre 1584 e 1588, Dee visitou Praga várias vezes como convidado de Rudolph II. Sabe-se que Dee tinha muito interesse em Criptografia, e possuía uma grande coleção de livros que pertenceram a Roger Bacon em sua biblioteca. Além disso, durante sua estadia em Praga, Dee mencionou em um de seus diários o pagamento de 630 ducados, aproximadamente o mesmo valor desembolsado por Rudolph II para comprar o livro.
             Alguns também afirmam que a caligrafia usada para numerar as páginas do livro é muito semelhante a letra de Dee. Então seria possível que o manuscrito tivesse chegado às mãos do Imperador através de Dee.
Após seu surgimento em Praga, o manuscrito se tornou conhecido na corte. Testes revelaram que a assinatura de Jacobus de Tepenecz, um botânico e alquimista à serviço de Rudolph II, está na primeira página do livro. Acredita-se que o Imperador tenha emprestado o livro a Tepenecz por volta de 1610 para que ele tentasse traduzir suas páginas e que por ocasião da morte de Rudolph o livro tenha ficado com o botânico.
Ele então passou por várias pessoas, até ser deixado como herança para um filósofo italiano chamado Joannes Marcus Marci (1595-1667). Pouco antes de morrer, Marci enviou o manuscrito para seu amigo Athanasius Kircher (1602-1680). Kircher foi o criador da “Lanterna Mágica” (um tipo de ancestral do projetor de slides) e era considerado um expert em criptografia. Ele tentou sem sucesso decodificar o Manuscrito Voynich e antes de sua morte o livro desapareceu sem deixar vestígios.
A teoria hoje mais aceita é de que o manuscrito tenha sido criado como arte no século XVI como uma fraude. O fraudador teria sido o mago, astrologo, falsário inglês Edward Kelley com a ajuda do filósofo John Dee para enganar Rodolfo II da Germânia. O livro ganhou o nome do livreiro americano com antepassados poloneses Wilfrid M. Voynich, que o comprou em 1912. Os Jesuítas precisavam de fundos para restaurar a vila e venderam a Voynich 30 volumes da sua biblioteca, que era formada por volumes do Colégio Romano que tinham sido transportados ao colégio de Mondragone junto com a biblioteca geral dos Jesuítas, para evitar sua expropriação pelo novo Reino da Itália. Entre esses livros estava o misterioso manuscrito.
Voynich afirmou que o livro continha pequenas anotações em Grego antigo e datou o mesmo do século XIII.
A partir de 2005, o manuscrito Voynich passou a ser o item MS 408 na Beinecke Rare Book and Manuscript Library da Universidade de Yale.
A primeira edição fac-símile foi publicada em 2005 (Le Code Voynich), com uma curta apresentação em francês do editor, Jean-Claude Gawsewitch, ISBN 2350130223.
 Características
            O volume, escrito em pergaminho de vitelo, é relativamente pequeno: 16 cm de largura, 22 de altura, 4 de espessura. São 122 folhas, num total de 204 páginas. Estudos consideram que o original teria 272 páginas em 17 conjuntos de 16 páginas cada, outros falam em 116 folhas originais, tendo 1 se perdido.
            Percebe-se, pelos espaços ao final direito das linhas, que o texto é escrito da esquerda para a direita, sem pontuação. Análise grafológica mostra uma boa fluência.
Os espaços indicam haver 35 mil palavras; os caracteres têm boa distribuição quantitativa e de posição, alguns podem se repetir (2 e 3 vezes), outros não, alguns só aparecem no início de palavras, outros só no fim; análises estatísticas (análise de frequência de letras) dão ideia de uma língua natural, europeia, algo como inglês ou línguas românicas.
Conforme o linguista Jacques Guy, a aparente estrutura do texto indica semelhanças com línguas da Ásia do Sul e Central, sendo talvez uma Língua tonal, algo como línguasSino-tibetanas, Austro-asiáticas ou Tai.
Conforme datação por Carbono 14 feita pela Universidade do Arizona, o pergaminho data do início do século XV; Conforme análise do “Mc.Crone Research Institut” a tinta é da mesma época, embora as cores dos desenhos sejam posteriores.
Nas páginas finais aparecem anotações mais recentes feitas em letras latinas nas formas de alfabetos europeus do século XV.
Composição
            Acompanha o texto uma quantidade significativa de ilustrações em cores que representam uma ampla variedade de assuntos; os desenhos permitem que se perceba a natureza do manuscrito e foram usados como pontos de referência para os criptógrafos dividirem o livro em seções, conforme a natureza das ilustrações.
  • Seção I (Fls. 1-66): denominada botânica, contém 113 desenhos de plantas desconhecidas. Uma das plantas representadas em desenho nessa Seção é quase idêntica ao girassol, que somente passou a existir na Europa depois do Descobrimento da América, o que leva o manuscrito a ser posterior a 1492.
  • Seção II (Fls. 67-73): denominada astronômica ou astrológica, apresenta 25 diagramas que parecem se referir a estrelas. Aí podem ser identificados alguns signos zodiacais. Neste caso ainda fica difícil haver certezas acerca do que trata realmente a seção.
  • Seção III (Fls. 75-86): denominada biológica, denominação que se deve exclusivamente à presença de muitas figuras femininas, frequentemente imersas até os joelhos em estranhos vasos comunicantes contendo um fluido escuro.
Logo após essa seção vêm uma mesma folha repetida seis vezes, apresentando nove medalhões com imagens de estrelas ou figuras que podem parecer células, imagens radiais de pétalas e feixes de tubos.
  • Seção IV (Fls. 87-102): denominada farmacológica – medicinal, por meio de imagens de ampolas e frascos de formas semelhantes às dos recipientes das farmácias antigas. Nessa seção há ainda desenhos de pequenas plantas e raízes, possivelmente ervas medicinais.
A última seção do manuscritto Voynich tem início na folha 103 e prossegue até o fim, sem que haja nessa seção final mais nenhuma imagem, exceto estrelinhas (ou pequenas flores) ao final de alguns parágrafos. Essas marcações fazem crer que se trata de algum tipo de índice.
Muitos, ao longo do tempo, e principalmente em tempos mais recentes, tentaram decifrar a escrita e a língua desconhecidas do manuscrito Voynich. O primeiro a ter afirmado que decifrara a escrita foi William Newbold, professor de filosofia medieval na Universidade da Pensilvânia.      Em 1921 publicou um artigo no qual apresentava um proceder complexo e arbitrário pelo qual decifrara o texto. O texto como visível, segundo ele, não tinha significado, o verdadeiro conteúdo seria um subtexto micro-grafado, com marcas mínúsculas ocultas nos caracteres maiores. O texto real era escrito em Latim, camuflado nas marcas quase invisíveis, sendo obra de Roger Bacon. A conclusão que Newbold tirou de sua tradução dizia que já no final da Idade Média seriam conhecidas noções de Astrofísica de Biologia molecular.
Nos anos 40, os criptógrafos Joseph Martin Feely e Leonell C. Strong aplicaram ao documento outro sistema de decifração, tentando encontrar carateres latinos nos espaços claros, brancos. A tentativa apresentou resultados sem significado. O manuscrito foi o único a resistir às análises dos “experts” de criptografia da marinha americana que ao fim daguerra estudaram e analisaram alguns antigos códigos cifrados para testar os novos sistemas de codificação.
Em 1945 o professor William F. Friedman constituiu em Washington um grupo de estudiosos, o “First Voynich Manuscript Study Group (FSG)”. A opção foi por uma abordagem mais metódica e objetiva, a qual levou à percepção a grande repetição de “palavras” e alguns trechos no texto do manuscrito. No entanto, independente da opinião formada ao longo dos anos quanto ao caráter artificial da tal linguagem, na prática, a busca terminou em impasse: de fato não serviu para transpor os caracteres em sinais convencionais, o que serviria de ponto de partida para qualquer análise posterior.
As palavras contidas no manuscrito apresentam frequentes repetições de sílabas, o que levou William Friedman e John Tiltman a levantar a hipótese de se tratar de uma língua Filosófica, ou seja, Artificial, na qual cada palavra é composta de um conjunto de letras que lembram uma divisão dos substantivos em categorias.
O professor Robert Brumbaugh, docente de filosofia medieval de Yale, e o cientista Gordon Rugg, na sequência de pesquisas linguísticas, assumiram a teoria que veria o Voynich como um simples expediente fraudulento, visando a desfrutar, na época, do sucesso que obtinham as obras de natureza esotéricas junto às cortes europeias.
Em 1978 o filólogo diletante John Stojko acreditou ter reconhecido a língua, declarando que se tratava do ucraniano com a vogais removidas. A tal tradução, no entanto, apesar de apresentar alguns passos num sentido aparentemente lógico (Ex.: O Vazio é aquilo pelo qual combate o “Olho do Pequeno Deus”) não correspondia aos desenhos.
Em 1987 o físico Leo Levitov atribuiu o texto aos hereges Cátaros, pensando ter interpretado o texto como uma mistura de diversas línguas medievais da Europa Central. O texto, porém, não correspondia à cultura cátara e tradução não fazia muito sentido.
O estudo mais significativo nessa matéria é hoje aquele feito em 1976 por William Ralph Bennett, que aplicou estudos de casuística e estatística de letras e palavras do texto, colocando em foco não somente a repetição, mas também a simplicidade léxica e a baixíssima Entropia da informação. A linguagem contida no Voynich não somente teria um vocabulário muito limitado, mas também uma basicidade linguística encontrada somente na Língua havaiana. O fato de que as mesmas “sílabas” e ainda palavras inteiras venham repetidas mostra algo que parece uma zombaria relacionada a uma visão mais complacente, inconscientemente, mas não deliberadamente enigmático.
O alfabeto utilizado, além de não ter sido ainda decifrado, é único. Foram, no entanto, reconhecidas 19 a 28 possíveis letras, que não têm nenhuma ligação ou correspondência perceptível com os alfabetos hoje conhecidos. Em alguns pontos encontram-se quatro palavras ou mais repetidas de forma consecutiva. Suspeita-se também que foram usados dois alfabetos complementares, mas não iguais, e que o manuscrito teria sido redigido por mais de uma pessoa.
É imprescindível e significativo lembrar que a total falta de erros ortográficos perceptíveis, de pontos riscados ou apagados, hesitações, é estranha, pois tais falhas sempre ocorreram em todos os manuscritos que já foram localizados e analisados.
Recentemente foi levantada a hipótese que buscava entender o motivo da dificuldade para o texto ser decifrado. Gordon Rugg, em julho de 2004, individualizou um método que poderia ter sido seguido pelos autores hipotéticos para produzir “ruídos casuais” em forma de sílabas e de palavras. Esse método, realizável mesmo com os recursos de 1600, explicaria essa repetição de sílabas e de palavras, a essência básica típica da escrita casual e tornaria verossímil a hipótese de o texto ser um falso trabalho renascentista criado como arte para enganar qualquer estudioso ou soberano.
Antes disso, o estudioso Jorge Stolfi, da Universidade de Campinas (Brasil), havia proposto a hipótese de que o texto fosse composto misturando sílabas casuais tiradas de uma tabela de caracteres. Isso explicaria a regularidade das repetições, mas não a ausência de outras estruturas de repetição, por exemplo, das outras letras ligadas aos conjuntos repetitivos.
Rugg parte da ideia de que o texto tenha sido composto com métodos combinatórios disponíveis por volta dos anos 1400 a 1600: chamou sua atenção a chamada “Grade (tabela) de Cardano”, criada por Girolamo Cardano em 1550. O método consiste em sobrepor com uma tabela de caracteres ou com um texto uma segunda grade, com apenas algumas pequenas casas (janelas) cortadas de modo a permitir ler a tabela que fica atrás.
A superposição oculta a parte supérflua do texto de baixo, deixando visível a mensagem. Rugg reconduziu o método de criação com uma grade de 36 x 40 casas, à qual sobrepôs uma máscara com três furos, compondo assim os três elementos da palavra: prefixo, raiz central e sufixo.
O método, muito simples na sua utilização, teria permitido ao anônimo autor do manuscrito a realização muito rápida do texto partindo de um única grade (com casa cortada) colocada em diversas posições. Isso acabou com a teoria de que o manuscrito fosse algo falso, dado que um texto de tais proporções com características sintáticas similares será muito difícil de ser feito sem um método dessa natureza.
Rugg determinou algumas “regras básicas” do “Voynich” que poderiam reconduzir às características da tabela usada pelo autor. Como exemplo, a tabela original tinha a provavelmente as sílabas do lado direito mais longas, algo que se reflete nas maiores dimensões dos prefixos em relação às sílabas seguintes. Ele ainda tentou entender se o texto poderia se tratar de um segredo codificado no texto, mas a análise o levou a excluir tal hipótese, pois, em função da complexidade de construção das frases, é quase certo que a grade foi usada não para codificar o texto, mas para escrevê-lo.
Pesquisas históricas posteriores a esse estudo levaram a atribuir a John Dee e a Edward Kelley o texto. Dee era um estudioso do Período Elisabetano e teria introduzido o notório falsário Kelley na Corte de Rodolfo II (Sacro Império Romano) por volta de 1580. Kelley era mago, além de falsificador, e assim conhecia truques matemáticos de Cardano, tendo criado o texto a fim de obter uma vultosa cifra que lhe foi dada pelo Imperador.
Voynich faleceu em 1930, e sua viúva manteve o livro até 1960. Por algum tempo ele ficou em poder de A. M. Nill, um sócio de Voynich que o vendeu em 1961 para o negociador de livros Hans P. Kraus. Kraus tentou vender o livro por uma quantia astronômica, mas ninguém teve interesse de adquiri-lo. Frustrado ele resolveu doar o volume misterioso para a Biblioteca Beinecke de Yale.
 Curiosidades sobre o Manuscrito
 
O manuscrito foi utilizado como elemento literário, como pelo escritor britânico Colin Wilson em um conto inspirado em H. P. Lovecraft, O retorno dos Lloigor, como pelo escritor fantástico Valerio Evangelisti que na sua “Trilogia de Nostradamus”, assemelha o Voynich a um Arbor Mirabilis e dele faz um texto esotérico no centro de uma trama complexa que se passa através da história francesa do século XVI.
No romance de terror Codex, de Roberto Salvidio (2008), vê-se uma hipotética decifração do manuscrito Voynich..
O Manuscrito é também protagonista do romance “O Manuscrito de Deus” de Michael Cordy.no qual o manuscrito é parcialmente decifrado por uma docente da Universidade de Yale, sendo que se tratava de um mapa, instruções para encontrar o Jardim do Éden.
O manuscrito ainda atrai muita atenção do público. Mesmo depois de tantos anos de esforços por criptógrafos, não é possível sequer afirmar qual o idioma usado em suas páginas. Alguns acreditam que a maior parte dos textos são compostos de um alfabeto falso e que apenas alguns trechos realmente poderiam ser decifrados. Outros defendem que o livro foi escrito por alguém tentando criar um idioma artificial, ou quem sabe ele tenha sido concebido como um elaborado trabalho de arte. Muitos especialistas em criptografia que lidaram com o Manuscrito Voynich acreditam que não existe uma tradução coerente, entretanto novas gerações ainda tentarão decifrar os mistérios antes desse darem por vencidos.
O Documento Voynich por algum tempo ofereceu teorias conspiratórias e uma possibilidade de que o famoso livro blasfemo seria na verdade o próprio Manuscrito Voynich escrito em um idioma secreto para preservar assim os seus segredos profundos.
A verdade provavelmente só saberá se um dia o Manuscrito Voynich for realmente decodificado.
Infelizmente até o momento não houve progresso nesse sentido e o Manuscrito permanece como um dos grandes enigmas do mundo.
Talvez quem criou o manuscrito, criou com a intenção de nunca ser decifrado, um idioma esquecido. Alguém com uma criatividade muito desenvolvida e imaginação, desenhando plantas que não existente na Terra e inventou uma língua que ninguém nunca vai saber o que ele ou ela escreveu.

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